segunda-feira, 15 de novembro de 2010

KEN FOLLETT

Emocionante, complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, 'Os pilares da terra' traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural. A figura que melhor expressa os ideais que inspiraram Ken Follett a escrever este livro é Philip, prior de Kingsbridge, um homem que luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. Mas a galeria de personagens que gravitam em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes. Épico que consegue captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas, 'Os pilares da terra' é a recriação magistral de uma época que nossa imaginação não quer esquecer.

KEN FOLLETT


Emocionante, complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, 'Os pilares da terra' traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural. A figura que melhor expressa os ideais que inspiraram Ken Follett a escrever este livro é Philip, prior de Kingsbridge, um homem que luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. Mas a galeria de personagens que gravitam em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes. Épico que consegue captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas, 'Os pilares da terra' é a recriação magistral de uma época que nossa imaginação não quer esquecer.

MUSEU LASAR SEGALL

Esta obra reúne é o catálogo da exposição 'Aquarelas de Segall - Olhar sereno, olhar aflito, múltiplos olhares', que reuniu 58 pinturas sobre papel, selecionadas pelo curador Celso Lafer. O que confere unidade ao conjunto das aquarelas de Segall é a recorrência temática, tão presente nesta linguagem como nas pinturas a óleo, nos desenhos, nas gravuras e esculturas.

DALTON TREVISAN



Nelsinho é o protagonista dos contos. É o vampiro literário. Um curitibano que segue, persegue e
assedia velhinhas, senhoras respeitáveis e carentes; virgens e prostitutas, agoniado e indeciso entre aquele
que “molha o lábio com a ponta da língua para ficar mais excitante”, a viúva toda de preto com joelho
“redondinho de curva mais doce que o pêssego maduro”, a casadinha que vai às compras e a normalista.
Nelsinho é um caçador implacável – por amor de todas as mulheres um
sedutor ávido, incorrigível, de
reputação; de prestígio, autoestima
sexual. Segue a presa até a exaustão; quase sempre é bem sucedido.
A interpretação para vampiro se reflete na dialética do perseguidorperseguido,
do devoradordevorado
no
jogo do desejo e da realização amorosa. O vampiro representa o apetite de viver o ato libidinoso, que
renasce tão logo é saciado.

JOSÉ DE ALENCAR


Quem pode mais - o dinheiro ou o amor? Neste obra, José de Alencar desafia os valores de seu tempo e revela a oposição entre desejo e ganância. No mundo de aparências da alta sociedade carioca surge sua heroína - Aurélia Camargo, que, em todas as suas inseguranças e contradições, lutará pelo poder da escolha verdadeira.

JOSÉ DE ALENCAR

Iracema, a virgem tabajara consagrada a Tupã, apaixona-se por Martim, guerreiro branco, inimigo de seu povo. Por esse amor abandona a tribo, tornando-se sua esposa. Ao perceber, mais tarde, que Martim sente saudades de sua terra e talvez de alguma mulher, começa a sofrer. Tem o filho, Moacir, enquanto Martim está lutando em outras regiões. Quando ele volta, Iracema está prestes a morrer. A virgem dos lábios de mel tornou-se símbolo do Ceará, e seu filho, Moacir, representa o primeiro cearense, fruto da integração das duas raças

MACHADO DE ASSIS


'A cartomante' é a história de um triângulo amoroso. Depois de anos de distância, Vilela reencontra o amigo Camilo e apresenta-lhe sua esposa, Rita. Paixão, traição e adultério fazem parte desta trama, que tem uma cartomante como personagem chave, selando o destino dos três. O conto foi publicado originalmente em 1884, e esta versão em quadrinhos, com desenhos em aquarela do jovem designer Flavio Pessoa. Fotos de Marc Ferrez e Augusto Malta ajudam a recriar o Rio de Janeiro do fim do século XIX e inserem o leitor no mundo de Machado de Assis.

MACHADO DE ASSIS


Se a alienação, em mais de um sentido (por exemplo, o marxista; por outro, o da sociedade do espetáculo), é uma característica moderna, 'Quincas Borba' é um romance moderno (além de modernissimamente satírico). Pois é a história - contada por um terceiro - de como um personagem, Rubião, alienou-se da própria vida, tendo em seu amigo, o alienado de fato 'Quincas Borba', uma sombra que a perpassa. Fixação do texto e notas por Eugênio Vinci de Moraes (Doutor em literatura brasileira pela USP). Prefácio de Willi Bolle (doutor em literatura brasileira pela Universidade de Bochum, Alemanha; professor titular de literatura alemã na USP).

MACHADO DE ASSIS




Em 'Memórias póstumas de Brás Cubas', Machado de Assis constrói, na figura de um 'defunto-autor' e não um 'autor-defunto' - como bem se define o próprio Brás Cubas -, o motivo central de sua crítica à sociedade, pois estando distanciado do mundo dos vivos, o morto Brás Cubas destrói, a partir de suas relações sociais, a sociedade do Brasil do século XIX, com seus vícios, seu parasitismo e suas mesquinharias

MACHADO DE ASSIS



Bentinho e Capitu são criados juntos e se apaixonam na adolescência. Mas a mãe dele, por força de uma promessa, decide enviá-lo ao seminário para que se torne padre. Lá o garoto conhece Escobar, de quem fica amigo íntimo. Algum tempo depois, tanto um como outro deixam a vida eclesiástica e se casam. Escobar com Sancha, e Bentinho com Capitu. Os dois casais vivem tranqüilamente até a morte de Escobar, quando Bentinho começa a desconfiar da fidelidade de sua esposa e percebe a assombrosa semelhança do filho Ezequiel com o ex-companheiro de seminário.

EUCLIDES DA CUNHA


'Os Sertões' (1902), tem por tema os personagens e cenários da insurreição de Canudos, em 1897, no norte da Bahia. Síntese de temperamento romântico e informação científica, Euclides da Cunha, sobretudo em sua obra principal, 'Os Sertões', é um autor de impetuosa originalidade.

ÉRICO VERÍSSIMO



Quando Rodrigo Cambará surge no povoado de Santa Fé, em outubro de 1828 - a cavalo, chapéu caído na nuca, cabeleira ao vento, violão a tiracolo -, parece chamar encrenca. Com a patente de capitão, obtida no combate com os castelhanos, é apreciador da cachaça, das cartas e das mulheres. Homem de espírito livre, não combina com os habitantes pacatos do local, mantidos no cabresto pelo despótico coronel Ricardo Amaral Neto. Mas depois de conhecer Bibiana Terra, nada convence Rodrigo a arredar o pé da aldeia. Nem a aspereza de Pedro, pai de Bibiana, nem a zanga do coronel, que não vê com bons olhos os modos do capitão. Nem mesmo o fato de a moça ser cortejada por Bento Amaral, filho de Ricardo. Voluntariosa, Bibiana desconfia das intenções do forasteiro. Rodrigo, porém, está apaixonado, e quer casar-se. Como ele mesmo diz, não tem medidas, 'é oito ou oitenta'. Para o capitão Cambará, é matar ou morrer, num descomedimento que sugere o descortinar de uma crise anunciada. Extrato da trilogia 'O tempo e o vento', 'Um certo capitão Rodrigo' mescla à ficção fatos da história brasileira, como a Revolução Farroupilha.

ÉRICO VERÍSSIMO



O cotidiano dos Terras é duro, penoso, arriscado. Tiram sustento da colheita. Calculam a passagem do tempo observando a natureza. Vivem sob o perigo de ataques de índios ou de renegados castelhanos, estes últimos recentemente expulsos do Continente de São Pedro. Ana Terra, única filha mulher, é impedida de comprar um espelho, 'coisa do diabo', objeto fútil nesse ambiente austero. Sem ter onde mirar-se, só pode contemplar sua figura na superfície do regato onde lava a roupa da família. É nesse regato que ela depara com Pedro Missioneiro, ferido à bala. Mestiço de índio nascido numa missão jesuítica, Pedro lutara ao lado dos estancieiros pela expulsão dos castelhanos. Após restabelecer a saúde, pouco a pouco vence a desconfiança dos Terras e a repulsa de Ana, para quem sua 'presença era tão desagradável como a de uma cobra'. Sem perceber, a moça enamora-se de Pedro, uma atração trágica e irresistível que muda a vida da família Terra para sempre. Marcada por uma beleza áspera, com personagens fortemente ligados à natureza que os sustenta e os agride, 'Ana Terra' faz parte da saga 'O tempo e o vento', obra-prima de Erico Verissimo.

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

 Neste livro, o escritor gaúcho divide com o leitor 73 crônicas divertidas, ternas e peculiares sobre sua relação com a arte e a cultura. Em suas aventuras literárias, o autor cria em 'No céu' uma hilária e inusitada conversa entre o descrente Italo Calvino, Jorge Luis Borges e Nabokov enquanto bebem um chá. 'Banquete com os deuses' reúne textos assim - Lembranças do menino sensível e seu deslumbramento diante da magia da grande tela; Confissões de um cinéfilo entusiasta, falando dos filmes, astros e estrelas que marcaram sua vida; Impressões do leitor voraz ao longo de suas aventuras literárias; Devaneios de um amante da música, melodiosos como um bom improviso de jazz. Truffaut, Fellini, Chaplin, Flaubert, Marquês de Sade, Miles Davis, Cartola, Chico Buarque, Chet Baker, Salvador Dali estão todos estão neste livro em que Verissimo celebra suas grandes paixões e faz do leitor um convidado especial.
 
 

sábado, 13 de novembro de 2010

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO



'O jardim do diabo', romance de Luis Fernando Veríssimo, é um thriller bem-humorado e inteligente. Uma mulher é encontrada esfaqueada em seu quarto - na parede, escritas com sangue da vítima, palavras em grego. É isso que o inspetor Macieira conta a Estevão, um escritor de histórias policiais, sempre assinadas com um pseudônimo americano. O inspetor Macieira vai atrás de Estevão por um detalhe - a cena do crime é exatamente igual à descrita por ele em seu último romance. O assassinato, no entanto, ocorreu antes de o livro ser lançado. A partir dessa visita, os dias monótonos de Estevão começam a ser invadidos por seus personagens. Vida e ficção passam então a disputar um jogo fascinante do qual o leitor é grande testemunha. Com seu proverbial humor, Veríssimo nos envolve numa divertida trama, cheia de referências policiais e recursos de metalinguagem.

LUIS FERNANDO VERRÍSIMO



Vogelstein é um solitário que viveu sempre entre livros. De repente, o destino sacode sua vidinha e o leva a Buenos Aires, para um congresso sobre Edgar Allan Poe, o precursor do romance policial moderno. Ali ele conhecerá seu ídolo- Jorge Luis Borges- e, por circunstância que a simples paixão pela literatura não explicaria, se verá no centro de um crime que envolve demônios arcanos, os mistérios da cabala e o risco de destruição do mundo dos homens

JOÃO UBALDO RIBEIRO



O livro se volta às origens do Recôncavo Baiano para recriar quase quatro séculos da história do país por meio da saga de múltiplos personagens. 'Viva o povo brasileiro' se desenvolve em grande parte no século XIX, mas também viaja a 1647 e avança até 1977. Nele, realidade e ficção se misturam para criar um épico brasileiro com passagens heróicas e cômicas, tendo como pano de fundo momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai

JOÃO UBALDO RIBEIRO



Em um livro de personagens complexos, o autor aborda temas como a ambição humana, o amor e as ameaças do mundo moderno, numa história cheia de traições e mistérios. João Ubaldo explora na obra um intrincado triângulo amoroso e cria uma alegoria sobre o mal. Ambientado na ilha de Itaparica, mas construído a partir de conflitos urbanos, o romance aborda temas caros ao autor - a dialética entre valores nacionais e estrangeiros, a corrupção, o colonialismo. E, ao tratar de estranhas experiências genéticas que ocorrem na região, provoca um debate entre a ética e a ciência. João Pedroso é um cético biólogo que abandonou tudo para se tornar pescador. Vive na ilha de Itaparica, dividindo seu dia entre o trabalho no mar e as entusiasmadas discussões com o padre Monteirinho, com quem debate questões sobre religião e filosofia, e o doutor Lúcio Nemésio, especialista nos mais diversos campos da ciência. Mas dois acontecimentos mudarão o seu destino. Primeiro, conhece Ana Clara, mulher de Ângelo Marcos, um influente - e corrupto - político local. O que, a princípio, parece apenas um caso de amor passageiro acaba por se transformar em algo mais complicado. Enquanto se deixa envolver por essa bela mulher, João Pedroso acaba, também, mergulhando numa intriga que ameaça o meio ambiente e a própria evolução humana. Aos poucos, verá seus próprios valores questionados, e terá de aprender a não confiar em ninguém.

GUIMARÃES ROSA



Na ediçao comemorativa de seus dez anos de existencia, os Cadernos de Literatura Brasileira trazem o sertão de Guimarães Rosa. O lançamento coincide com as comemorações dos 50 anos dos contos de Corpo de Baile e do romance Grande Sertão; Veredas, obra que, ao reconstituir a vida do jagunço Riobaldo, consagrou o escritor mineiro como um dos principais nomes da literatura do século XX. Além de textos de Dora Ferreira da Silva, José Mindlin e Rubens Ricupero, o volume traz um depoimento do vaqueiro Manuelzão, parceiro de Rosa numa histórica viagem pelo sertão e fotos de Eduardo Simões.

JOÃO CABRAL DE MELO NETO

JOÃO CABRAL DE MELO NETO



O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto é sempre tratado como um escritor frio e racional que escreve versos secos. Ao longo da vida, João Cabral se empenhou em reforçar essa imagem de poeta da razão, aceita sem restrições pelos críticos das mais diversas linhagens teóricas.'O homem sem alma', ensaio biográfico assinado pelo jornalista José Castello, tenta desmentir esse 'retrato oficial' do autor de Morte e vida Severina. O livro é resultado de cerca de trinta horas de entrevistas com o poeta, que Castello realizou ao longo do ano de 1991. A meio caminho entre o ensaio e a biografia, o autor traça um retrato do poeta-viajante, diplomata de profissão, que depois de se tornar vice-cônsul do Brasil em Barcelona, em 1947, até se aposentar em 1990, viveu em nove países e escreveu a parte mais importante de sua poesia sempre em trânsito. Castello joga com o sobrenome Cabral para mostrar o poeta como um descobridor. Só que, ao contrário do português Pedro Álvares, João Cabral saiu do Brasil para descobrir o mundo e fez suas viagens armado unicamente da poesia.

IVAN ANGELO


O escritor autêntico está sempre oferecendo surpresas. Agradáveis, obviamente. Um dos mais importantes romancistas da literatura brasileira contemporânea, Ivan Angelo ocupa também um lugar de destaque na crônica brasileira atual. O cronista Ivan Angelo, durante algum tempo, atuou sobretudo em publicações regionais e numa atividade mais ou menos bissexta. A partir de 1999 passou a ocupar uma página quinzenal na revista Veja SP, de circulação restrita à cidade de São Paulo. Dessa forma, a publicação de suas 'Melhores Crônicas' vai surpreender o leitor, revelando um cronista ágil, bem-humorado (o velho humor mineiro), mas sobretudo muito envolvente, desses que prendem o leitor pelo título, aumentam o seu interesse na primeira frase e só o libertam na última linha. Herdeiro de uma tradição que vem de Machado de Assis, passando por Carlos Drummond de Andrade e Rubem Braga, Ivan Angelo aprendeu com todos eles os matizes do gênero, para melhor impor a sua personalidade, a sua maneira própria e inconfundível de escrever e ver o mundo, na qual o interesse pelos fatos cotidianos se entrelaça à atenção com àquela zona fugidia de vida pessoal, que parece independente do tempo, reino mágico de cada ser humano. Esse é um dos segredos do cronista. O outro consiste em escrever de tal forma que a crônica atue 'como uma relação pessoal entre o narrador e o leitor, como se fosse escrita só para esse leitor', segundo as suas próprias palavras.

NELSON MOTTA



Compositor, produtor e diretor artístico, crítico musical e revelador de talentos, Nelson Motta viveu intensamente a bossa-nova, a jovem guarda, os festivais, o tropicalismo, a MPB, a discoteca e o rock. Neste livro, ele conta o que viu e ouviu nos bastidores, num relato sem censura dos últimos trinta anos da música popular brasileira. 'Noites tropicais' é a história de Nelson Motta e de personagens da MPB como Elis Regina, Roberto e Erasmo Carlos, Nara Leão, Bethania, Gal Costa, Nana Caymmi, Chico Buarque, Edu Lobo, Gilberto Gil, Caetano, Lulu Santos, Lobão, Raul Seixas, Novos Baianos, Tim Maia, Cazuza, João Gilberto, Elba Ramalho, Marisa Monte e tantos outros.

BEN MEZRICH



A história de como dois estudantes desenturmados de Harvard, que tentavam aumentar suas chances com o sexo oposto, criaram o site de relacionamento que se tornou uma das mais poderosas empresas do mundo. 'Bilionários por acaso' é uma aventura real, que envolve investidores poderosos, mulheres, a busca pelo estrelato social e muitas intrigas. O livro narra o fim da inocência no ritmo da criação controversa da rede social que revolucionou a maneira como milhões de pessoas se relacionam.

SEBASTIAN BRANT



'A nau dos insensatos' (1494), de Sebastian Brant (1457-1521), foi escrito como longo poema satírico, de perspectiva moralizante, em que o autor aponta com dedo crítico e irônico para a sociedade de seu tempo, denunciando as falhas e vícios tanto da nobreza quanto do vulgo, não poupando Igreja, Justiça, universidades e outras instituições. Em 112 capítulos, cada qual dedicado a um tipo de insensato ou louco, Brant censura os excessos e o desleixo, a avidez por dinheiro e a falta de escrúpulos, a perda da fé e o desinteresse pelo cultivo do intelecto. Em contraste com os sábios e prudentes, os insensatos desfilam pelas páginas do texto deixando evidente sua arrogância, grosseria, leviandade, indolência, gula, mentira e violência. Com isso, o texto revela um panorama dos costumes do final do séc. XV - os seresteiros noturnos sendo afugentados da janela com o conteúdo dos pinicos; a falsificação de dinheiro e a adulteração do vinho; o mensageiro ébrio que não consegue recordar a notícia que deveria transmitir; os exageros e o desconforto da moda mais recente; os fiéis trazendo para dentro da igreja seus cães perdigueiros e gaviões de caça; a mania de falar impropérios e lançar maldições, entre outros.

A.S.FRANCHINI E CARMEN SEGANFREDO



Este livro apresenta aos apreciadores da mitologia universal algumas histórias da mitologia hindu. Deixando de lado o aspecto místico da sua teologia, os autores A. S. Franchini e Carmen Seganfredo limitam-se aqui a por em foco o lado da pura aventura. Alguém já disse que para buscar algo realmente novo deve-se fazê-lo mergulhando no passado mais remoto, onde repousam as coisas realmente originais. Vista por este ângulo, a antiquíssima mitologia hindu é um manancial inesgotável de novas ideias, ao menos para o homem ocidental - devas, rakchasas, avatares, vimanas, são algumas novidades que o leitor conhecerá ao longo destas páginas.

KEN FOLLETT



Cinco famílias, cinco países e cinco destinos marcados por um período histórico. 'Queda de gigantes', o primeiro volume da trilogia 'O Século', começa no despertar do século XX, quando ventos de mudança ameaçam o frágil equilíbrio de forças existente - as potências da Europa estão prestes a entrar em guerra, os trabalhadores não aguentam mais ser explorados pela aristocracia e as mulheres clamam por seus direitos. Na Grã-Bretanha, o destino dos Williams, uma família de mineradores de Gales do Sul, acaba irremediavelmente ligado por amor e ódio ao dos aristocráticos Fitzherberts, proprietários da mina de carvão onde Billy Williams vai trabalhar aos 13 anos e donos da bela mansão em que sua irmã, Ethel, é governanta. Na Rússia, dois irmãos órfãos, Grigori e Lev Peshkov, seguem rumos opostos em busca de um futuro melhor. Um deles vai atrás do sonho americano e o outro se junta à revolução bolchevique. A guerra interfere na vida de todos. O alemão Walter von Ulrich tem que se separar de seu amor, lady Maud, e ainda lutar contra o irmão dela, o conde Fitz. Nem mesmo o americano Gus Dewar, o assessor do presidente Wilson que sempre trabalhou pela paz, escapa dos horrores da frente de batalha. Enquanto a ação se desloca entre Londres, São Petersburgo, Washington, Paris e Berlim, 'Queda de gigantes' retrata um mundo em rápida transformação, que nunca mais será o mesmo.